Poema NO CABARÉ
Por Henrique Musashi Ribeiro - Em, 9 de abril de 2005.
Relevante!
Sinto minhas forças se esvaírem
neste ambiente funesto
Fungos em minha consciência
a dizer-me vulgar
entre as cinzas de um cigarro barato
a submeter-me ao preludio profano
como o tigre, que sou, ando solitário
entre as 'damas' propostas.
Cheio de cachaça,
um embrulho nas entranhas.
- NADA A VER COMIGO!
Social carrasco a dizer-me estranho
Não me encaixo!
Sou o estranho em meio as garrafas
a incinerar garganta, bucho e filme.
Penso...
Penso e tonto como meu caminhar
balbo e ébrio cruzando o prostíbulo
Não me encaixo!
Nada neste lupanar me identifica
a não ser o desejo mútuo de se entorpecer
como o meu vulgar tranqüilizante.
(1 hora depois...)
Ébrio é o meu comportamento infeliz
Faço merda... Falo merda...
da solidão que me impõe o carrancismo
a dizer-me freguês do fútil
talvez útil ao meu 'ID' a dizer-me animal comum
quando na verdade sou o poeta
deslocado de tudo que aqui existe
Sou o social carrasco!
Pélvis a contemplar-me comum
em meio a vulgaridade ali,
citada também, tão comum
Aqui paixão é algo flutuante e enganoso
a dizer-me que o amor,
talvez, seja algo inexistente...
Fujo! Roubo segundos de minha vida
a dizer-me eterno
quando na verdade sou mais que efêmero.
Brega, triste,
inusitada voz irritante
sobre os meus conceitos incomuns,
pois que nunca paguei por sexo (neste contexto!)
Não irei pagar por segundos fantasmas e tristes
por apenas satisfação de um instante
a pagar por um espasmo hormonal.
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