Erros, Acertos e o Progresso na Dança da Vida

Erros, Acertos e o Progresso na Dança da Vida

Por Carlos Henrique Musashi

                "Quem é casado há quarenta anos com dona Maria 
não entende de casamento, entende de dona Maria. 
De casamento entendo eu, que tive seis." [Chico Anysio]

    A vida é uma complexa equação matemática, e os erros que cometemos são como problemas que, uma vez resolvidos, nos tornam mestres na arte do acerto, mas naquele quesito! Pode ser comparado àquela questão difícil que, após inúmeras tentativas falhas, finalmente dominamos e passamos a acertar sem hesitação. É uma dança constante entre erros e acertos, um eterno aprendizado na escola da existência.
    Tomemos como exemplo o casamento, uma das formas mais intrincadas de interação humana. A assertiva de Chico Anysio nos adverte sobre a diferença entre quem compartilha quatro décadas de vida com uma pessoa específica e quem experimenta os desafios e as delícias de seis casamentos distintos. O primeiro pode entender de convivência com dona Maria, mas o segundo, talvez, seja mais hábil na arte do casamento em si.
    Há aqueles que, ao longo de muitos anos, permanecem casados, alegando fidelidade e estabilidade. No entanto, se durante todo esse tempo, o cônjuge se esquiva de aprender com os próprios erros, culpando a parceira (ou parceiro) por suas falhas, então o casamento não é compreendido. Esse indivíduo não é um expert em relacionamentos duradouros; é, na verdade, um mestre na arte de enrolar, enganar e iludir.
    Enquanto a esposa (ou o marido) desempenha um papel significativo, muitas vezes sendo a força motriz por trás da família, o esposo (narcisista) habilidoso apenas em transferir responsabilidades permanece estagnado. O verdadeiro entendimento do casamento implica em aprender com os erros, em participar ativamente da construção e da superação conjunta. É uma dança para dois, onde ambos os parceiros desempenham papéis importantes na melhoria mútua.
    Assim como na matemática, onde tentativas e erros levam ao aprimoramento, a vida nos ensina por meio das experiências. No entanto, é crucial distinguir entre aqueles que cometem erros, aprendem com eles e progridem, e aqueles que simplesmente erram, justificam, terceirizam a culpa e permanecem estagnados em sua própria deplorabilidade.
    Portanto, na escola da vida, que possamos ser estudantes ávidos, dispostos a aprender com nossos erros, a celebrar nossos acertos e a dançar, de mãos dadas, na busca incessante pelo progresso e pela compreensão verdadeira da complexa equação que é a existência.





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