MEL - Um dos principais ingredientes do LICOR MUSASHI


Nos nossos dias, estão tão em voga, os tratamentos alternativos e entre eles, se destaca a cura através de extratos florais, sejam de BACH ou da Califórnia. Parece que é uma coisa nova, porém a humanidade já tem contacto com as propriedades medicinais das flores há milhares de anos. Desde aquele tempo o homem observava que o urso pardo, dotado de grande força e garras possantes, dilacerava com facilidade os troncos das árvores até chegar ao alvo do seu interesse: O MEL DAS ABELHAS. Ali, o grande animal estraçalhava tudo e, alheio às picadas, devorava o que podia: mel, cera e abelhas. Ao se retirar, deixava nos destroços, restos de mel, de que o homem primitivo, ainda um coletor, banqueteava-se. Assim, nossos antepassados tomaram contacto com as abelhas, passaram a gostar de mel e, por conta própria, foram à caça nas fendas dos altos rochedos, onde o urso não podia chegar.
Milênios após estes primeiros contactos, o homem tentou levar as fazedoras de mel para perto de sua moradia. A princípio no próprio tronco, depois em vasilhames de barro e finalmente, em colméias. Assim estava criada a apicultura.
O mel, fabricado pelas abelhas a partir do néctar, secreção adocicada que é colhida nas flores, é transformado no interior do inseto graças a algumas enzimas. É composto principalmente por levulose e dextrose, que são açúcares invertidos, diretamente assimilados pelo organismo humano. Sempre foi considerado pelos médicos de todo o mundo como alimento e medicamento ao mesmo tempo.
É um alimento altamente nutritivo, que não engorda, se consumido com moderação, devido à concentração de óleos voláteis, ácidos, vitaminas e sais minerais. Pode variar de sabor e cor, dependendo das flores que as abelhas visitam.
       O mel puro cristaliza de forma homogênea, de baixo para cima. Cuidado! Não guarde o mel em geladeira porque ele cristalizará devido à baixa temperatura. Não ferva o mel, porque ele perderá as suas propriedades. O mel de laranjeira é antiespamódico e sedativo. O mel de assa-peixe é indicado para queimaduras, picadas de inseto e doenças da pele. O mel de eucalipto é indicado para todas as doenças do trato respiratório. O mel de alecrim é indicado para o estômago e intestinos. O mel de hortelã combate a fadiga e as verminoses. O mel de girassol, combate o colesterol. O mel de dente-de-leão é regulador das funções hepáticas. o mel de erva cidreira é recomendado para pessoas de digestão lenta e difícil. O mel de acácia é o mais rico em frutose, sendo recomendado para adoçar mamadeiras de recém-nascidos, que não usam leite materno. outros méis saborosos são: mel de caju, mel de algaroba e mel de candeia
Em cada 100g de mel encontramos aproximadamente: 
Ácido pantotênico ____________ 105 mg.
Proteínas e aminoácidos _______ 4,7mg.
Hidratos de carbono ___________70 mg.
Água _______________________ 18 mg.
Vitamina B1 _________________ 6 mg.
Vitamina B2 _________________ 61 mg.
Vitamina B3 _________________ 300 mg.
Vitamina PP _________________ 0,3 mg.
Vitamina C __________________ 2,5 mg.
Enzimas (Invertase e amilase).
Minerais (Ph; Ca; Mg; K; Na; Cl; S; Fe; Si; Cu; etc.).
Ácidos: Fólico, Láctico, Fórmico, Málico, oxálico, tartárico, tânico, cítrico e acético.
Colina e acetilcolina.

Com essa riqueza de elementos, os nutricionistas chegaram à conclusão que 1000 g de mel puro, equivale a 9000 g de cenoura; 5400 g de maçãs; 4000 g de ameixas; 2600 g de carne de boi; 1400 g de carne de porco; 4200 g de uvas; 3600 g de ervilhas; 1000 g de nozes; 675 g de queijo; 40 laranjas e 21 bananas.

 

OUTRAS INDICAÇÕES DO MEL

 
a) Para pessoas sadias:
Amenizar as insuficiências alimentares eventuais em aminoácidos, sais minerais, vitaminas, etc.
Facilitar a assimilação e a digestão de outros alimentos.
Reforçar o organismo em sua luta contra agressões.
Dar ao organismo maior resistência contra o cansaço físico e intelectual em ocasião de atividades intensas.
Dar ao organismo melhor rendimento, principalmente, aos atletas.
b) Para doentes em casos de:
Astenia em casos de cansaço físico ou mental.
Anorexia ou perda de apetite.
Desnutrição (principalmente para crianças).
Deficiência constitucional.
Atraso de crescimento.
Má dentição.
Prisão de ventre.
Úlceras gastro-intestinais.
Anemias (indica-se o mel escuro).
Conjuntivites.
Bronquites.
Tosses.
Hipoglicemias.
Nefrites (o mel é diurético).
Insônia.
Úlceras dermatológicas.
Queimaduras ( aplicação local).
Emagrecimento sem etiologia precisa.

A dose diária para o adulto é de uma colher de sopa, enquanto que para as crianças, é de uma colher de chá. Para tomar mel puro, recomenda-se ingeri-lo vagarosamente, pouca quantidade de cada vez. 

Ainda falando sobre a cristalização do mel, que às vezes leva-nos a suspeitar de adulteração do produto, esclareçamos algumas dúvidas:
  Todos os méis são líquidos quando produzidos pelas abelhas, mas, por serem soluções super saturadas, quando armazenadas em temperaturas abaixo da temperatura média da colméia (37oC), tendem a cristalizar (granular). Esta cristalização varia de acordo com vários fatores, como o teor de glicose; teor de água na sua composição natural e procedência floral do néctar ( espécie de flor na qual a abelha o colheu).
Quanto mais glicose houver, mais tendência a cristalizar terá o mel. Quanto à presença de água, sabe-se que méis com menos de 17% de água na sua composição natural, são mais prováveis de cristalizar que aqueles com mais de 18%. Já aqueles com mais de 19% de água, tendem a fermentar (azedar).
A granulação dos méis também depende da flor que forneceu o néctar que a abelha colheu. O mel originário da flor do assa-peixe, cambará e acácia, dificilmente cristalizará, enquanto o mel originário da flor de nabo e Dente-de-Leão tem grande facilidade de cristalizar.
O mel fluido e o cristalizado não têm diferenças essenciais entre si. Conservam a mesma natureza, tanto em estado líquido como em estado sólido ou granulado. Todo mel bom, maduro e perfeito tende a cristalizar espontaneamente, quando armazenado, portanto recomendamos que se o seu consumo não for rápido, seja conservado em recipientes de vidro de boca larga, que possibilitem a sua remoção com uma colher, para ingeri-lo em estado sólido. Se desejar liquefaze-lo, coloque-o em banho-maria por alguns minutos.
Cada vez que pensamos em adquirir mel para nosso consumo, sempre nos vem à mente a dúvida sobre a pureza ou não do produto. Há várias simpatias populares que garantem verificar a pureza ou não do mel, entre elas, citamos a embebição de um palito de fósforo no mel e tentar risca-lo. Se acendesse, o mel era bom. ao contrario, era adulterado. Outra simpatia seria, virar, lentamente a garrafa de cabeça para baixo. Se as bolhas subissem lentamente, o mel era bom. Alguns "peritos conhecedores", garantem que conhecem um bom mel pelo cheiro ou pelo sabor. Na verdade tudo isso não passa de crendices. A única maneira segura de se comprovar a pureza do mel, é através de exames laboratoriais e como isso não pode ser feito regularmente por todos os compradores, o mais prático é que se adquira o produto diretamente de um apicultor, que geralmente tem uma ética e um orgulho da sua produção.


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